LIVIA QUEIROZ

Jun 26 2018 /

07/05/1982 - Belo Horizonte 

Livia Queiroz: o nome é forte e seu canto é foguete que mira a Lua e acerta em cheio a alma. É porrada no olho que não pisca, para não perder um só relance. Nascida em Belo Horizonte, Livia Aparecida de Queiroz começou a se apresentar em bares e casas de shows da capital. A experiência adquirida na noite mineira, em conjunto com seu timbre de contralto profundo, tornou seu canto original e único.

O ouvinte intriga-se ao ouvi-la pela primeira vez. Dos traços delicados de sua aparência, que mistura o índio e o negro, surge uma voz grave cheia de emoção, personalidade e calor humano. Seu canto agressivo logo se mostra suave e swingado na mesma proporção. A sensação é de embarcar em um barco de madeira rústica, centenária, como nossa cultura. É navegar seguramente em tempestade de poesia, em águas da mais pura musicalidade ancestral brasileira.

Seu braço fechado por tatuagens e seus olhos puxados denunciam: Ela não é a imagem convencional do sambista. Mas não se engane: ela é do samba. Se sua imagem surpreende, sua voz ao interpretar clássicos do samba surpreende ainda mais.

Livia é conhecida por alguns trabalhos no Espírito Santo, estado que frequenta desde a infância. Lá, já participou de um coletivo de artistas em 2013, gravou vídeos para emissoras de TV e se apresentou em prefeituras locais. Agora, vem ganhando os palcos de sua cidade natal, Beagá, onde já se apresentou no Teatro Alterosa, Cine Theatro Brasil Vallourec e Teatro Francisco Nunes.

Em 2016, Livia Queiroz gravou seu primeiro videoclipe, interpretando as canções Nem ouro, nem prata, de Ruy Maurity, e Oxóssi, de Roque Ferreira. Um trabalho realizado com primor por Luis Evo, da Primatafilmes; Rafael Dutra, do Estúdio Motor; pelo produtor Saulo Zetum; e os excepcionais instrumentistas Fábio Martins e Gabriel Goulart. O vídeo já foi visualizado mais de 110 mil vezes só na página do Facebook da cantora, além de também estar disponível no seu canal de YouTube, além de outras plataformas, páginas e canais da internet, ligadas a música e umbanda, com outras centenas de milhares de visualizações.

Participou de um processo seletivo do Espaço Multicultural Dona Jandira, sendo aprovada para interpretar a grande cantora mineira, Clara Nunes, junta com outras grandes cantoras, incluindo a própria Dona Jandira. O tributo foi apresentado no próprio espaço, em Itatiaia, distrito de Ouro Branco (MG). Posteriormente, ganhou novos ares ao ser apresentar na Virada Cultural de Belo Horizonte, em 2016, no Teatro Francisco Nunes.

Em 2016, no Maranhão, a convite da cantora Lena Garcia, Livia também recebeu enorme retorno do público, ao fazer shows em Imperatriz, inaugurar casas e ser convidada especial para entrevistas em emissoras de televisão. Em 2017, passou por Campos dos Goytacazes (RJ), onde participou de show com grandes instrumentistas do norte fluminense.

No carnaval de 2018, estreou com pé direito na avenida com uma dobradinha a convite do compositor e intérprete Guilherme Mocidade. Livia foi uma das intérpretes da Escola de Samba Imperavi de Ouros, cantando Os mistérios da Amazônia e também do Bloco Caricato Bacharéis do Samba, cantando Pintando o sete na avenida, ambos sambas de autoria de Mocidade.

Livia Queiroz é figura frequente em rodas de samba por toda a capital mineira. Com uma presença de palco original e carismática, faz do sorriso que cativa sua marca registrada. Seu repertório é composto por samba, música regional e todo o universo que compõe o cancioneiro popular.

 

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