Mário César de Almeida nasceu e foi criado na Pedreira Prado Lopes, comunidade situada na região da Lagoinha, berço do samba de Belo Horizonte. Sua família foi testemunha da criação da primeira escola de samba da cidade, a Pedreira Unida, fundada por Chuchu e Popó, em 1937. Seu tio, Antônio Benedito, desfilava na escola da comunidade.

Outro tio, José Ambrósio de Moraes, mais conhecido como "Sambista", foi diretor da União Surpresa, outra agremiação da época. Os laços sanguíneos do família com o samba não para por aqui. Antenor de Almeida, pai de Mário César, era da comissão de frente da Unidos do Guarani, escola de samba fundada pelo maioral Vitório de Jesus, em 1964. 

O convite para integrar a escola tetra campeã do carnaval de Belo Horizonte veio no entanto, de um alheio à família, o cantor e compositor Chiquinho Poeta. Mário César debutou na Unidos do Guarani como passista, depois foi mestre-sala, diretor de ala e vice-presidente, até chegar ao maior posto da escola. "Mário da Pedreira", como as pessoas o conhecem, assumiu o comando da agremiação por 20 anos.

Em 1985, a canção de sua autoria "Seu Veneno" integrou o LP "Canto da Raça", produzido por Serginho Beagá, só com composições de sambistas mineiros.

Com a paralisação dos desfiles, passou a atuar no Rio de Janeiro, primeiro desfilando na Portela, por dois anos, depois no Império Serrano. Na Serrinha, Mário pôde aperfeiçoar sua experiência vivendo de perto a relação da comunidade com a escola. Em 2003, é um dos principais responsáveis pelo desfile independente das escolas de samba na avenida Afonso Pena, movimento de protesto que contribuiu para o retorno da via como a passarela do carnaval de Belo Horizonte.

Em 2008, funda a Velha Guarda do Samba da Unidos do Guarani, da qual é o presidente.

Mário César também é formado em licenciatura de história, graduação plena, pela Faculdade de Tecnologia e Ciências em 2007. Pós graduado Lato Sensu, tem especialização em História das Culturas Afro-Brasileiras (2013).

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